Linha de corte nos convoca a uma experiência de leitura que ultrapassa as gramaturas do papel. Alinhadas no desenho de uma geografia de fronteiras, palavras nos conduzem por uma narrativa traçada à medida de uma voz que preenche os tempos certos em espaços controversos. E não poderia ser diferente. Como num slam poetry, catalisador criativo de parte dos poemas que dão corpo a este livro, a métrica dos versos abraça nossos olhares-ouvidos a cada minuto lido. Como num sarau de rua, cenário de acolhida de outros deles, a sonoridade encontra ecos na nossa escuta-vista a cada batida sentida. E assim, de um corte a outro, vamos transitando «na boca do poeta».