A metáfora da sombra do esclarecimento é utilizada, neste livro, para se referir à dialética da razão na sociedade burguesa, cujo vínculo com os valores de troca e a opção pelo instrumentalismo, contribuem para destituí-la da autorreflexão crítica, ameaçando o processo formativo. A expressão dessa realidade é dada pela ampliação da semiformação, por meio do conteúdo e da forma da indústria cultural, que atinge a todas as esferas da sociedade, inclusive o ambiente acadêmico. Como isso é possível? Como a indústria cultural age e como resistir ao seu poder? Essas questões orientam as reflexões deste estudo, que enfatiza o vínculo entre a falsificação da formação e a indústria cultural, na medida em que esta impede a autorreflexão crítica, submete o pensamento às demandas exteriores, promove a razão instrumental e a estética familiar. [...]