Pessoas Brutas fundamenta-se por meio de uma estrutura rizomática que combina diálogos, narração, alternâncias ligeiras de vozes e discursos cruzados, apartes críticos e fluxos de consciência. As cenas são altamente imagéticas, mesmo quando alguns dos protagonistas dão-se a conhecer apenas pelo enunciado dos outros, como é o caso do doleiro Josias, envolvido com a Lava Jato, e sua filha Fabiana, alvo do plano de sequestro que atravessa as histórias. A superposição dos quadros cria uma tessitura poética dinâmica, em que todos são interligados e dependentes.