A Caligrafia de Deus é composto por cinco histórias, escritas em diversos períodos, tendo Manaus como ponto de ligação. Através delas se acompanha a decadência de uma cidade que um dia foi considerada uma das mais belas e ricas do país. Temos neste livro uma Manaus que ao receber aqueles que fogem ao destino têm a sua identidade ainda mais desintegrada. Caso da índia Izabel Pimentel que se rebela contra o seu vilarejo e termina como prostituta, cheia de penduricalhos na Zona Franca, cuja calcinha verde-limão é seu traço distintivo. Márcio Souza toma o Amazonas como emblema ao mostrá-lo sem saída, em que as contradições só se agravam. Cenário trágico, mas embebido no humor mordaz característico do autor, que dá vazão ao riso do leitor.