A fragmentação e a ‘‘desterritorialização’’ da antropologia contemporânea guardam considerável potencial para o desenvolvimento de novos estilos de pesquisa e reflexão. É a oportunidade de nos libertarmos de tradições utrapassadas de nossa disciplina e de redefinir os horizontes da antropologia. Nessa redefinição, as perspectivas mundiais que emergem da globalização vão se tornando cada vez mais importantes. Entre outras coisas, elas engendraram a crítica das tendências econômicas neoliberais que margeiam a economia social de mercado e, em consequência, da vertente a ela associada para que muitas sociedades se tornem mais e mais parecidas. Hoje, dar à antropologia uma orientação global significa abri-la para pesquisa em todas as sociedades e culturas do mundo, levantando a questão do que vão ser as mais importantes condições da vida humana no futuro.