Há histórias que nos entregam apenas uma história porém, há outras melhores, estas que nos sugerem essências para a compreensão da vida pois Valesca de Assis nos oferece, em Harmonia das esferas, personagens como Léo Schreiber, o poeta contido pela rotina prática dos dias, cerceado pelas securas de Suzana, sua mulher magdala, a amante restada do General Candinho homem de aspirações monumentais e disciplinas, envolta nas elaborações oníricas com o pai que não conheceu e ainda alguns alt er egos, como a Senhorinha M e o Mestre são elas que se constituem ao mesmo tempo como arquétipos e alcances para compreender aquela condição existencial em que, como centro, o olho do observador vê o que está incontornavelmente perto e o que está inapelavelmente distante o ser e o mundo o simbolismo de Valesca de Assis.