Esta obra é fruto da experiência e da produção de conhecimento acumulados, ao longo das duas últimas décadas, na intervenção com idosos neurologicamente saudáveis, com doença de Alzheimer e seus cuidadores, com doença de Parkinson e idosos institucionalizados. O envelhecimento populacional é um fenômeno marcante da sociedade atual. A velhice é uma fase da vida que, como qualquer outra, apresenta perdas e ganhos que são peculiares a cada uma delas. De um lado, esta é associada a maior prevalência de doenças crônicas e redução da funcionalidade. Por outro lado, os idosos apresentam uma melhor percepção do sentir-se bem e aqueles sem comprometimento cognitivo exibem menores chances de desordens mentais (humor, ansiedade, controle de impulso e uso de substâncias - álcool e drogas) comparado com faixas etárias anteriores e, ainda mais importante, o organismo idoso continua a apresentar plasticidade no sentido de adaptar-se aos estímulos. Neste contexto, faz-se necessário criar estratégias que visem otimizar a independência e a autonomia de idosos. Um dos fatores modificáveis de estilo de vida é a prática do exercício físico, que apresenta grande impacto benéfico em todas as esferas de vivência do idoso, inclusive na prevenção e tratamento de doenças, proteção e promoção da saúde, bem como na atenuação do declínio da capacidade funcional. O livro parte de uma contextualização geral do envelhecimento para então debruçar-se pormenorizadamente na questão do exercício físico e suas variáveis, em populações distintas de idosos. A expectativa dos autores é que se torne uma ferramenta útil para profissionais da área de saúde, respeitadas suas competências/habilitações profissionais específicas, bem como para aqueles envolvidos em planejamento e implantação de políticas públicas para idosos.