A tontura representa a terceira queixa mais comum em consultórios médicos do Brasil, só ficando atrás da dor e febre entre os principais sintomas dos pacientes. Portanto, é certo que quem ainda não teve, em algum momento da vida, terá sinais como falta de equilíbrio, sensação de possível queda ou de que a cabeça está girando. Uma das grandes dificuldades está no sentido de identificar a possível causa entre as inúmeras possibilidades. Não é infrequente o paciente chegar ao consultório com o diagnóstico prévio de labirintite ou com a apreensão de alguma doença mais grave. Muitas vezes, realmente a tontura pode estar relacionada com o labirinto, uma estrutura que compõe a orelha interna e que é responsável pela audição e pelo equilíbrio. Quando ele é afetado a pessoa fica com a sensação de ter perdido o equilíbrio, entre outros sintomas. Felizmente, a tontura raramente indica um problema neurológico mais sério como um tumor, derrame ou esclerose múltipla. E o papel do médico otorrinolaringologista, que trata das doenças do ouvido, nariz e garganta, é justamente fazer este diagnóstico diferencial a fim de se estabelecer o melhor tratamento. As opções terapêuticas incluem medidas comportamentais, medicações, técnicas de reabilitação labiríntica e até cirurgias, dependendo da causa. A partir desta obra, relacionei as principais dúvidas e angústias dos pacientes que me buscam ao longo destes anos com queixas de tontura e vertigens. Procurei responder as principais perguntas destes pacientes relacionadas ao equilíbrio, funcionamento do labirinto, possíveis causas, condutas diagnósticas e opções de tratamento.