É isso o que os transexuais pedem ao médico. A recusa do sexo e do corpo não é nova, mas nossa cultura e os progressos das técnicas médicas pretendem dar uma resposta ao imenso sofrimento de não ser o que se gostaria: uma mudança da aparência e da identidade civil. Como os transexuais vivem esse doloroso desacordo entre a percepção que têm de si mesmos e seu corpo? Ao interrogar-se sobre o transexualismo, Colette Chiland questiona as noções de masculino e feminino, de identidade macho e fêmea, e tenta delimitar a parte biológica e a cultural em nossas representações da diferença entre os sexos.