Meados do século XX. Na região interiorana do Rio Grande do Sul, formada por minifúndios de economia familiar, profundas modificações começam a acontecer. Às margens do Rio Uruguai, os pequenos agricultores contemplam, de suas varandas, a vida se transformando com a chegada de novas famílias italianas e alemãs. Em poucos anos, a paisagem se altera. Surgem lavouras ampliadas, cobertas pelo verde cintilante de uma planta milagrosa, inaugurando um tempo de ganhar e perder. Em meio a essa realidade, a vida de um homem, tal qual o caudaloso rio que lhe marcou a infância, desenrola-se, agitada e violenta, aprisionada entre margens seguras. Até o dia em que a enchente arranca as águas revoltas de seu curso original.