Em o 'Silêncio é de prata e a palavra é de ouro', Luiz Cláudio Arraes percorre, com concisão e inventividade, novas fronteiras da literatura em um mundo cada vez mais veloz e instantâneo. A brevidade dos contos expressa que, embora a palavra seja mais valiosa do que o silêncio, como afirma o autor, não basta que seja palavra, mas que seja precisa e direta, que contenha a expressividade imediata de uma fotografia instantânea. As variações de um mesmo quadro alternam-se em espaços de silêncio e discurso, compondo um fluxo de imagens que se assemelha a um filme exibido quadro a quadro, representação do cotidiano repetitivo, porém repleto de diferenças sutis.