Contar a fascinante história das ciências, com todas as implicações epistêmicas, sociais e políticas decorrentes, é uma operação que se reveste de crescente importância e complexidade à medida em que a sociedade do conhecimento se torna um eufemismo irônico para designar nossa era colonizada pela racionalidade tecnoeconômica e povoada por dispositivos tecnocientíficos que circulam pelos canais do mercado global. Ao longo do século XX, as formas dessa história ser narrada se transformaram em conjunção com a transformação das formas de produzir conhecimento científico mas não a reboque destas.