Aqui se encontra um comprometimento com a discussão de algo que insisto em considerar absolutamente fundamental, a saber, a questão da cientificidade dos estudos jurídicos, com suas implicações não só epistemológicas, mas também éticas e políticas, pois sou dos que considera ser o mero arbítrio a alternativa às soluções aos problemas jurídicos, enquanto problemas sociais, obtidas através de procedimentos reconhecidos como dotados de qualidades científicas. E ao fazer sua reflexão epistemológica, o Autor se alinha dentre aqueles que têm como requisito prévio realizar uma discussão ontológica, ou ontognosiológica, como preferia Miguel Reale, sob influência de posições neokantistas e também da fenomenologia. Isso porque compreendem ser um pressuposto para estabelecer como se há de conhecer o Direito refletir sobre o que seja essencial e existencialmente isso que se almeja conhecer.