A Morfologia Construcional é bastante eficaz tanto para o tratamento de temas clássicos em Morfologia, como a flexão, quanto para a discussão da flexibilidade das fronteiras entre os dois principais processos de formação de palavras- a composição e a derivação. Ela se inscreve no paradigma da Linguística Cognitiva - conjunto de abordagens que têm em comum a ideia de que o significado é baseado no uso e na experiência e de que a gramática é motivada, não havendo limites estanques entre os seus níveis. Neste livro, Carlos Alexandre Gonçalves aplica a Morfologia Construcional para descrever questões pouco abordadas em português, como a mudança morfológica, a reduplicação e a formação com partículas do inglês recém-incorporadas à língua. Nos seis capítulos que compõem a obra, o autor (sozinho ou em coautoria com parceiros de longa data) fornece ao leitor uma visão ampla de como esse novo modelo pode ser aplicado ao português, em várias áreas da Morfologia.