Um jovem oficial da marinha embarca pela primeira vez; o comandante o encarrega de livrar o navio dos ratos que o infestam. Depois de interrogar- se sobre o significado da tarefa, o jovem oficial decide dedicar-se inteiramente a ela. Compreende que não pode contar com seus camaradas – que consideram tal empreitada fadada ao fracasso e, além disso, de interesse secundário –, tampouco com as técnicas de desratização elaboradas pelos especialistas. O jovem persegue no isolamento uma meditação cujo objeto não abandona seu espírito. Enquanto isso, os ratos proliferam a bordo e todos se inquietam. No dia em que o navio cruza o Equador, o jovem oficial expõe, enfim, o plano que concebeu, e cuja aplicação é imediatamente ordenada pelo comandante. Depois de várias peripécias, o plano parece funcionar. Mas os ratos voltarão. Neste livro, tudo é símbolo, e não os desvendaremos aqui. Deixemos ao leitor o prazer de descobrir onde está o Mal, onde está Deus, e como o homem age entre esses dois extremos. Rigoroso como uma demonstração matemática, o romance de Michel Henry não é, contudo, menos apaixonante.