A eleição presidencial no Brasil constitui um forte incentivo à coordenação estratégica dos partidos no âmbito das disputas majoritárias estaduais. A disputa encetada na arena presidencial integra um jogo mais amplo de negociações em um mercado nacional de entrada em que se coloca em marcha uma estrutura de incentivos à coordenação eleitoral. No entanto, a exigência legal de incluir a arena presidencial nos cálculos de entrada nas eleições estaduais eleva os custos de coordenação a ponto de gerar uma retirada dos partidos do pleito nacional. Ou seja, subordinar por meio de lei as decisões de entrada dos partidos nas arenas regionais a disputa presidencial signica assumir que todos os partidos são motivados por uma racionalidade global, o que é absolutamente enganoso..