Lília é uma autora segura e que talvez produza tanto (além de 112 livros) para aceitar somente ser globalmente aplaudida após sua morte física. Ela aceita e cultiva viver em plena solidão, pois o convívio que tem é demais e lhe basta: a própria e luminosa criatividade. E aprendeu a não trocá-la por companhia alguma. Diz que esta foi a lição mais forte e básica de sua vida. Mas seu estro permanece em sua filha Vera Lília, autora de esculturas rodinianas e no bisneto Pedro que, aos dois anos e meio, impressionou-a com a criatividade dos seus desenhos e que lhe cobra um 'fax' dos mesmos, todos os dias, antes de ir à escola. Lília não aceitou ficar sozinha com suas realizações, contudo. Facilitou com este livro, que também seus conterrâneos artistas fossem lidos. Ele é um repositório de amor aos de sua cidade natal, propiciado pela ilustre Mecena D. Cármem Ruete de Oliveira. Claudine Fruitier Pintora Paris, junho de 2001