Nós temos sonhos! foi a frase sorteada por João na dinâmica de apresentação realizada no primeiro dia de Grupo Focal. Daí em diante, ao longo dos outros encontros, os meninos revelaram, um a um, os seus desejos para o futuro: O meu sonho é, primeiro, fazer uma faculdade e ser um administrador de empresa, completou João; Nego vai ser, quer ser um jogador de futebol, jogar futebol..., insistiu Daniel; Ser engenheiro civil, tia, disse Marcos; Meu sonho, né, o que eu queria ser é um administrador, completou Gabriel. O que se percebe a partir dessas falas, é que o direito à educação é essencial; é modo de alcance de autonomia, e, por conseguinte, de superação das necessidades individuais e coletivas. Sendo, portanto, direito fundamental para cada um desses meninos. Mas a realidade de negação em que estão inseridos, o que incluiu a situação de rua e a própria estrutura de prestação do direito subjetivo à educação básica, faz com que acessar um bem tão fundamental permaneça no imaginário(...)