São poucos os estudos publicados sobre a política fiscal catarinense e os existentes se limitam a analisá-la apenas como instrumento de desenvolvimento. Apesar de importantes para a historiografia catarinense, este livro amplia o horizonte destes estudos anteriores ao expor as suas contradições. É uma nova abordagem em oposição aos velhos argumentos, desde uma perspectiva crítica social da acumulação, do desenvolvimento desigual e da divisão inter-regional. O autor analisa a política de incentivos fiscais adotada em Santa Catarina a partir das formulações de Marx, Lênin, particularmente Trotsky (desenvolvimento desigual e combinado), e também, de David Harvey (desenvolvimento geográfico desigual). Partindo da evolução nacional da política de incentivos fiscais à guerra fiscal entre os estados, passa à economia catarinense, analisando o Fundesc, o Procape (ambos no movimento da coordenação federativa), o Prodec e o Pró-Emprego (estes no movimento da descentralização fiscal e do conflito federativo).