Em Percepções da Essência o autor aborda com profundidade e sensibilidade a questão da existência. Busca, nas doutrinas filosóficas, religiosas e científicas, uma convergência para fundamentar a construção de uma percepção da realidade que procura pela Essência para além da superfície ilusória das coisas. Ao longo da edificação de suas concepções, mescla aos seus pensamentos todos aqueles com que se deparou e que se fizeram coincidentes, dissonantes ou complementares. Garimpa com obstinação a unicidade dentro da aparente multiplicidade. Ao longo do texto, autores e obras são referenciados, esquadrinhados da antiguidade até a atualidade, para demonstrar que a verdadeira realidade não se mostra jamais por inteiro, para nós e aqui, mas permite-se revelar em nuances a todos aqueles que a procuram com dedicação e ideal. Despede-se de tudo o que tinha como certo, parte com esperança, mas sem conhecer o caminho, e anda muito. Descarta muito, seleciona pouco, reflete, vive, incorpora e parte para a próxima etapa. Perde-se no mundo para encontrar-se em si mesmo. Resgata assim grande parte de tudo que o sensibilizou, mostra ao menos uma pequena parte da beleza que calou fundo em sua alma e demonstra que com a mente aberta e as percepções aguçadas, podemos chegar à mesma raiz, partindo de ramos tão diferentes.