Na EJA tem J e, quando decidi publicar esta obra, quis que fosse uma leitura prazerosa, que fosse um bom livro. E o que é um bom livro senão aquele que provoca inquietação, que vai além da sua leitura? Começa na leitura e se instala em nossa consciência, fazendo-nos, vez ou outra, ruminar as palavras lidas, recuperando e ampliando o sentido de cada uma delas, de cada ideia tecida a partir das nossas experiências, vivências e construções individuais e co-letivas. O bom livro é mais do que monólogos do autor, que fala, e do leitor, que escuta. Ele promove o diálogo entre esses sujeitos. Diálogo que se estabelece nas concordâncias, discordâncias, nas revelações, nas surpresas, no inédito, no já sabido. A leitura deste livro irá proporcionar um diálogo que Paulo Freire (1987) define como encontro entre consciências. Um diálogo aberto à dúvida, à curiosidade, à contestação, à cumplicidade e que levará você a viver emoções difusas: alegria, tristeza, raiva, indignação, sororidade [...]