As ciências sociais devem ainda libertar-se do senso comum, distanciando-se da realidade imediata. Essa 'alienação' é necessária para que o pensamento se separe do mundo e aprenda com outros olhos. Artesanato e viagem são metáforas que se completam com a definição de Gramsci, para quem a atividade intelectual é uma ironia apaixonada. Enquanto ironia, nos distancia do dia a dia, transcendendo-o; já a paixão nos recoloca no mundo. 'Ciências Sociais e Trabalho Intelectual' analisa de que forma essa atividade 'apaixonada' foi vivenciada por Adorno, Benjamin Durkheim, Bourdieu, e no Brasil por Octávio Ianni.