Um casal que vive em Nova York, uma gravidez, o nascimento da primeira filha. O enredo poderia ser idílico, não fosse permeado pela crueza da experiência da maternidade tão bem explorada neste romance. Eu era tradutora, mas agora sou uma máquina de leite., percebe a narradora a certa altura. E essa autopercepção dita o tom da narrativa: o dar-se conta de uma transformação completa, dolorosa e incontornável. Mesclando a descrição crua do pós-parto com os momentos luminosos da descoberta da gravidez, MÁQUINA DE LEITE explora de maneira visceral os sentimentos que contraditórios emergem da maternidade.