A repetição, conceito da filosofia e da psicanálise, interessa à arte em geral, mas também à poesia, à música e às artes plásticas de uma maneira muito precisa e fundamental. Princípio ético e estético, ela concerne igualmente à vida de Cada um e à invenção do cotidiano que ela comporta. Entretanto, repetição pode se conjugar com ç? A repetição não é o que parece. Ela não é o princípio da mesmice, do tédio e da monotonia. Os autores reunidos por Dominique Fingermann neste volume - visitando obras de Kierkegaard, Nietzsche, Freud, Darwin, Benjamin, Lacan, Blanchot, Camus, Duras, Deleuze, Monet - mostram como tratamento possível ao problema da repetição pelos discursos, laços sociais e práxis que estes condicionam. Cada autor à sua maneira propõe uma volta a mais no conceito da repetição para circunscrever o seu paradoxo - como o 'de novo!' logra atualizar o novo? A obra acompanha CD com a conferência Repetição Poética, Repetição Musical, de José Miguel Wisnik.