Marília e Dirceu é o nome deste livro que conta uma história de amor, verdadeira e poética, narrada com linhas escritas e linhas bordadas. A Tomás Antônio Gonzaga, o Dirceu, noivo de Marília ou Maria Doroteia, coube tecer o vestido da amada, matéria indelével de seu amor, por isso ter amado não acaba, ter amado não tem fim. Está na História e nas histórias em que o Infinito é passado,presente e futuro para a donzela dourada, moça do ouro das Minas Gerais.Escrito, torna-se universal e se fixa no poema como o amor que pulsa nesta narrativa feita de pares dissimétricos, pelo aspecto, pela idade, pela posição social. Verdade e ficção se entrelaçam, inseparáveis. Para quem amou, ter amado só acaba no breve tempo do vivido; permanece intacto no passado, torna-se letra, última instância gravada na memória jamais perdida, ao fazer-se agalma,pedra preciosa cujo brilho não se apaga. E cada leitor que o atravessa será sempre um testemunho que se inscreve e se reescreve neste tempo fluido, mas permanente em sua insistência para repetir o amor.