"Nos anos 1990 o hip-hop passou a chamar a atenção de vários pesquisadores das Ciências Sociais voltados para as temáticas de juventude, de movimentos sociais, de relações raciais e da sociedade civil. Oriundo de Nova York e entendido como uma expressão cultural, artística e política da população afro-americana, o hip-hop tornou-se popular entre jovens majoritariamente não brancos dos grandes centros urbanos mundiais nos anos 1980. Não foi diferente em São Paulo. Dividido entre quatro elementos MC, DJ, B-Bo e Grafitti , o hip-hop passou a ser identificado como uma forma de expressão que dava voz, à época, à incipiente juventude periférica local. O livro que você tem em mãos é fruto de uma tese de doutoramento em Antropologia Social, defendida na Universidade de São Paulo, no ano de 2006, por João Batista de Jesus [...]