Na Castela dos séculos XIV e XV, as vestimentas e os adornos das mulheres passaram a ser alvo de uma série de prescrições que visavam à sua moralização. Com o intuito de evitar as faltas no cuidado da aparência, foram estabelecidas, durante os dois séculos, diversas leis e regras por meio das quais as mulheres deveriam se guiar e serem guiadas por seus responsáveis para alcançarem um uso moderado, virtuoso e proveitoso dos vestidos e afeites. A partir dos problemas apontados em diversos escritos da época, normativos e edificantes, a proposta central do livro é inquirir sobre os valores e as especificações que deveriam pautar a conduta das castelhanas no trato de sua aparência.