"Há algum paraíso, amiga, há algum paraíso/ que não seja o amor? De modo algum/ minha doce amiga: há algum paraíso, amiga./ Quem dorme nos braços de sua amiga/ este encontrou o paraíso..." Estes versos medievais, de um rondó do século XIII, podem resumir este ensaio. É a síntese do que de melhor se pensou, disse, escreveu, cantou e celebrou do amor (sensual, erótico, platônico, místico, ascético...) ao longo de milênios. Sua preocupação é resgatar o sentido primigênio do amor como coisa divina (o mito), e não cair na atual banalização promovida pelos meios de massa que mercadejam com o que de mais belo, puro e santo inspira e move o agir humano.