Com décadas de experiência em psicoterapia, o renomado psiquiatra francês Christophe André sabe reconhecer quando seus pacientes enfrentam dores e desolações. A todos eles, mais do que o tratamento e um conforto temporário, Christophe oferecia uma forma de consolá-los e os ajudava a conviver com as tempestadades do cotidiano. Então, quando ele mesmo descobriu que tinha uma doença grave, percebeu o quanto o afeto e a empatia são importantes no caminho para transformar a ferida em cicatriz. Toda desolação, grande ou pequena, é como uma parada brusca numa vida que avançava tranquilamente, uma vida na qual cada dia continha a promessa dos dias seguintes, cada ocasião perdida era desimportante porque haveria outros amanhãs e outras ocasiões de recuperá-la. O papel da consolação, nesses momentos, não é reparar o que foi quebrado, mas ajudar a enfrentar as provações subsequentes e as incertezas futuras. [...]