A terceira edição de Direita e Esquerda chega ao Brasil – onde a Editora Unesp já publicou as duas primeiras, em 1994 e 1995 – num momento mais que oportuno, em meio a um cenário econômico global tumultuado por uma das piores crises financeiras do capitalismo. Quando a publicou, em 1999, Norberto Bobbio, um dos principais pensadores contemporâneos, deu uma resposta a quem preconizava que já não fazia sentido distinguir direita e esquerda, pois na globalização a análise dos problemas políticos e econômicos expandira-se para além das fronteiras dos Estados nacionais: “Parece-me ter ocorrido exatamente o contrário, ou seja, que a distinção não está morta e sepultada, mas mais viva do que nunca”, escreveu Bobbio.

Bobbio, que morreu em 2004, aos 95 anos, certamente gostaria de presenciar a atual repercussão de sua obra, em especial, neste momento, de Direita e Esquerda, que continua suscitando debates acalorados mundo afora. Logo em sua primeira edição, em 1999, o livro entrou para a lista dos mais vendidos na Itália e já foi traduzido em 27 países.A terceira edição de Direita e esquerda chega em meio a um cenário econômico global tumultuado por uma das piores crises financeiras do capitalismo. Quando de sua primeira edição, em 1999, Norberto Bobbio, um dos principais pensadores contemporâneos, deu uma resposta a quem preconizava que já não fazia sentido distinguir direita e esquerda, pois na globalização a análise dos problemas políticos e econômicos expandira-se para além das fronteiras dos Estados nacionais: “Parece-me ter ocorrido exatamente o contrário, ou seja, que a distinção não está morta e sepultada, mas mais viva do que nunca”.