No dia a dia de uma escola, professores e especialistas deparam-se frequentemente com conflitos entre os alunos, desavenças e crises repentinas. Observa-se, muitas vezes, que esses conflitos são vistos como negativos e danosos ao bom andamento das relações entre os alunos. Tal concepção evidencia-se porque os esforços são, em geral, apontados para duas direções: a primeira delas, seria evitá-los – são perigo! Para isto, elaboram-se regras e mais regras, controlam-se os comportamentos por meio de filmadoras ou através de vigilância sistemática dos alunos, ameaçam, coagem... A segunda direção ainda bastante prezada pela escola é a resolução rápida desses conflitos. Usualmente, os adultos dão às soluções prontas, utilizam mecanismos de contenção e punições, transferem o problema para a família ou especialista... Ambas as direções apontadas, além de reforçar a heteronomia, não raro, contribuem para agravar o problema. É preciso urgentemente um olhar sobre o conflito sob uma nova perspectiva: oportunidade.