Esta peça fala da guerra, da dor, da memória ferida. As fronteiras que desaparecem na Europa, a mistura cultural e a liberdade reencontrada delineiam uma nova paisagem geográfica e humana... Traçam o futuro e a esperança. Mas se escavarmos um pouco sob essa paisagem, descobriremos várias camadas de mortos sobrepostas e muitos ferimentos mal cicatrizados, ainda sangrando. Com frequência as fronteiras se reconstituem em outro lugar, nos corações, nos rancores, nos espíritos atormentados. Esta peça tem a intenção de ser um espelho lúcido colocado diante da consciência europeia, um aviso de que a saída do túnel ainda está longe...