Este é um livro comum. Explico: comum, porque parece pertencer a todos e todas. Comum, por ser tão democrático, que conversa com todo mundo. Comum, porque lendo cada uma destas páginas nos sentimos passageiros do mesmo bonde. Comum, porque falando de si mesma, a autora fala também de você, de mim, da nossa vizinha e do atendente da padaria. Beth Hernandes é assim. É uma pessoa que não anda só e não age sem envolver e distribuir, sem semear e repartir. E daí, escrevendo suas reflexões, consegue transformar um exame de sangue, o Imposto de Renda, um fio de cabelo branco ou um carro que bloqueia a saída de outro, tudo tão comum, tudo tão rotineiro, em algo absolutamente extraordinário. Viajar com ela por essas linhas é sentir que existe beleza em tudo o que existe e que o mais simples, o mais comum, pode ser muito raro e especial. Afinal, como ela nos alerta, é preciso talento e sorte para se lambuzar em um amor nada-sublime. Este é um livro que nos ensina a olhar para o comum com (...)