A poesia de Alexandra Patrocínio carrega pedaços do cotidiano com uma leveza que só o olhar lírico é capaz de criar. E isso não significa que a dor não faça parte de seu jardim poético, mas que a poeta consegue fazer “brotar girassóis em campos de sangue”. Trata-se de uma poesia na qual o ritmo e as imagens nos fazem acompanhar e sentir as emoções do sujeito lírico: “Não se sabe ao certo,/ quem levou quem,/ cavalo e vaqueiro/ nem se despediram,/ morreram entrelaçados/ como dois namorados”.