PREVISÃO DE LANÇAMENTO: OUTUBRO DE 2010 Jane Eyre, a sedutora governanta, vive numa mansão e acaba apaixonando-se pelo patrão, o misterioso Lorde Rochester. Essa paixão não pôde se concretizar, pois sua esposa, que sofria de problemas mentais, ainda vivia. Jane foge e enfrenta inúmeras dificuldades até encontrar um pastor com quem quase se casa. Mas uma força interna leva-a de volta à mansão, que encontra destruída por um incêndio. A autora Charlotte Brontë escreveu seu primeiro romance num tempo em que não eram permitidas experiências às mulheres cujas vidas passavam dentro de casa. Quando da sua publicação em 1847, JANE EYRE deu muito trabalho à crítica, não acostumada a ver uma mulher vivendo e demonstrando suas paixões. E o público conferiu, esgotando imediatamente a primeira edição. Aquela história da menina órfã que se transformava numa mulher sem atrativos físicos, tampouco fortuna, ganhando o pão no humilde serviço de governanta que contudo, aspirava aos mesmos desejos dos belos e bem-nascidos, tocou o coração e a mente dos ingleses do século 19 que despertaram para essa possibilidade, principalmente as mulheres, para quem ou a beleza ou a riqueza - preferencialmente ambas - eram adjetivos indispensáveis ao sucesso. Quantas não se viram refletidas na obscura Srta. Eyre e invejaram a espontaneidade de seus desejos e sua ousadia em assumi-los. Tudo aquilo que se queria viver na Inglaterra vitoriana das formalidades e dissimulações. Mas não foi só o caso de revolver os costumes da época. Foi um caso de história bem contada. Charlotte Brontë conduz sua corajosa Jane por um caminho plantadinho de tudo que absorve o leitor a ponto de transformá-lo em cúmplice. Tem amor, tem raiva, tem perdão, inclusive suspense tipo sobrenatural como herança dos romances góticos. Talvez para nós, leitores do século 21, não ressone da mesma forma a franqueza e passionalidade da pequena Jane, mas os mesmos leitores, ressentidos com o desamor e a falta de solidariedade de nosso tempo, estão fadados a se entregarem ao afeto, à igualdade e a um profundo senso humanitário que sustenta toda a história de JANE EYRE.