Constelações é uma boa palavra, quando se trata da recepção de Nietzsche na América do Sul. Constelações de maneiras de conceber e interpretar a filosofia nietzschiana, que não formam nem poderiam formar sistema, mas que revelam, em que pese a diferença de abordagens, pontos em comum. Até o final da década de 1980, nós e nossos vizinhos vivíamos num curioso estado de isolamento. Nós tivemos por interlocutores tradicionalmente a França, a Alemanha e, bem mais tarde, a Inglaterra e os Estados Unidos; nossos vizinhos, a Espanha - como era de se esperar. É, pois, perseguindo o intuito de contribuir para a construção da comunidade filosófica na América do Sul, que hoje trago a público este volume. (Scarlett Marton).