Sérgio Capparelli dedica estes novos poemas às dores e às delícias de duas situações da vida bem familiares à maioria das pessoas - ser pai e ser filho. Ao modo alegre e brincalhão do autor, o livro refaz o caminho da comunicação entre jovens e adultos, como um jogo de espelhos. A primeira parte traz uma série de diálogos imaginados pela mente paterna. Em 'O filho sozinho', o filho pensa as palavras do pai e faz suas próprias reflexões. A seguir, a conversa de antes é retomada, mas sob o ponto de vista do jovem. Em 'O pai sozinho', o pai mostra os seus pensamentos e lembranças de quando moço, e, com os poemas de 'Vô Giuseppe e Vó Arzelina', é concluído o natural e maravilhoso ciclo da vida humana, com uma homenagem aos avós e bisavós - que vieram ao mundo antes de nós e o prepararam para nos esperar. As grandes questões que atualmente cercam as famílias são tratadas nestes poemas - choques de gerações, conflitos entre identidades, a necessidade de compreender, ser jovem e ser pai no tresloucado mundo de hoje.