Os conflitos trabalhistas nunca despertaram tanto interesse como no atual momento da história do Brasil e do restante do Mundo. Talvez seja fruto da globalização da economia, ou, ainda, da revolução tecnológica, que se por um lado facilita a vida das pessoas, tira postos de trabalho das mesmas. O Brasil é sem qualquer sombra de dúvida, um dos países onde a legislação trabalhista é mais rígida. Em razão desta rigidez, a relação entre capital e trabalho deságua costumeiramente na Justiça do Trabalho, a qual, como demonstrado nesta obra, tem recebido mais de dois milhões de novas ações por ano. Muitas das reclamações trabalhistas são movidas por ressentimentos, os quais, quando as partes chegam ao Judiciário, só aumentam. Não há em nosso país uma cultura de conciliação, mas sim de litigância, muito embora os órgãos de primeira instância da Justiça do Trabalho se denominaram por mais de cinqüenta anos como Juntas de Conciliação e Julgamento. É inegável que foi nesse ramo da Justiça onde mais de desenvolveu a conciliação, nada obstante as críticas discriminatórias que lhe foram endereçadas. A solução extrajudicial das lides trabalhistas é um caminho a ser buscado por todos, pois diz a sabedoria popular que é melhor um mau acordo do que uma longa demanda.