Através de uma dialética histórica, ou seja, de um diálogo construtivo, a presente obra busca demonstrar como o paradigma moderno de Estado se forjou a partir do surgimento dos ideais dessa modernidade, sobretudo, a partir do ano de 1492, bem como quais são suas principais características e como essas características foram marcantes na formação da concepção dos Direitos Humanos. A partir daí, analisa-se as premissas do novo constitucionalismo latino-americano e do Estado Plurinacional, que surgem como uma nova racionalidade para a vida, através do diálogo intercultural entre os povos indígenas e campesinos na América Latina nas últimas décadas, principalmente do estudo das Constituições da Venezuela de 1999, do Equador de 2008 e da Bolívia de 2009. Por fim, discute-se a possibilidade da construção de uma concepção multicultural para os Direitos Humanos a fim de libertar as culturas, sociedades e indivíduos encobertos pela modernidade ocidental.