A capital britânica está mais viva, mais bonita e culturalmente mais vibrante do que nunca. As novidades musicais emanam dos pubs vitorianos, o teatro experimental está surgindo nos palcos construídos para as peças de Shakespeare, os novos chefs de cozinha estão reinventando os pratos sem graça que as mães britânicas fazem há gerações e os britânicos estão até mesmo comandando as casas de alta costura como Dior e Givenchy. Na gastronomia, na moda, no cinema, na música e em tudo o mais, Londres agora está na vanguarda, tal como aconteceu na década de 1960. Se este mar de mudança mais preocupa do que agrada, tenha a certeza de que a Londres tradicional ainda existe, sobretudo intacta sob a aparência de moderna. Do habitual chá em quase todos os lugares, passando à troca da Guarda no Palácio de Buckingham, a cidade ainda está cheia de tradição e do charme de outrora. Descobrir Londres e fazer dela a sua cidade pode ser um desafio - especialmente se há pouco tempo para isso. Mesmo no século XVIII, Daniel Defoe encontrou uma Londres "estendida em edifícios, desordenada, confusa, fora de toda forma, solta e desigual; nem longa nem comprida, nem redonda nem quadrada". A real cidade de Londres se caracteriza pelos 2,6 km² de caríssimos imóveis em torno do Banco da Inglaterra. Todo o restante gigantesco da cidade é composto por vilas afastadas, bairros e distritos - cada um com seus próprios prefeitos e administrações. Juntos, no entanto, eles compreendem uma metrópole enorme. Felizmente, se você estiver procurando o Museu Charles Dickens ou a mega loja da badalada estilista Vivienne Westwood, somente o grande território do coração de Londres pode ajudá-lo. O centro de Londres é um dos lugares mais fascinantes da face da Terra. A cada passo, você sentirá a imensa influência que esta cidade exerceu sobre a cultura mundial, quando foi a capital de um império no qual o sol nunca se punha. Londres é um conjunto de contradições.