Neste volume, unificado pelo fio condutor das teorias da racionalidade e da linguagem, Habermas recupera alguns dos seus textos sobre hermenêutica, filosofia da linguagem, racionalidade e comunicação e teoria do significado. Tendo por base, entre outras, "as questões da teoria da racionalidade e da linguística [...] no contexto da teoria da sociedade; e a procura de uma saída à crítica da razão de Horkheimer e Adorno, que se tornara aporética", Habermas responde a estes desafios conceptuais "com uma "viragem linguística" da teoria critica que concilia pontos de vista da teoria da racionalidade e da linguística numa concepção do entendimento dotada de conteúdo normativo. As fontes de inspiração foram, em aspectos metodológicos, a abordagem da teoria da competência de Noam Chomsky, sob aspectos linguísticos, a teoria dos actos de fala de John Searle e, em aspectos da teoria da racionalidade, a disputa em torno do conceito de correspondência da verdade que na época irradiava de Oxford. "O contexto sociológico de génese explica a abordagem pragmática; neste plano, o enfoque desloca-se para o "entendimento" como mecanismo de coordenação da ação".