Sob a influência das teorias dos formalistas russos e das tentativas metodológicas do estruturalismo francês, Lucrécia D’Aléssio Ferrara empenha-se em cercar o específico literário como sistema de linguagem que se apóia no verbal para transformá-lo em figura que diz a própria lógica de estruturação da obra, isto é, imagem que significa seu próprio signo. Dessa conjunção de imagens resulta, de um lado, a crise do método apenas nascido, de outro, o prazer da descoberta, a crítica heurística do método sem método. Entre literatura e crítica, entre prosa e poesia, O Texto Estranho constitui um exemplo das novas possibilidades de acesso à poética da linguagem que supera as distinções genéricas.