A ausência de tratamento e a incorreta disposição dos resíduos químicos levam à contaminação do solo, do ar e dos recursos hídricos, comprometendo a saúde pública. As universidades, faculdades e centros de formação de recursos humanos geram cerca de 1% dos resíduos perigosos, que se caracterizam por apresentarem pequeno volume e elevada diversidade, o que dificulta a padronização das formas de tratamento e disposição adequada. Ainda que esse volume seja reduzido comparativamente, as universidades não podem nem devem ignorar sua posição de geradoras de resíduos. Em 'Tratamento de resíduos químicos', obra pioneira no tratamento de resíduos em instituições de ensino superior (IE), são mostrados meios exeqüíveis de gestão e gerenciamento de resíduos químicos. Procura-se fornecer subsídios à engenharia de segurança, sempre com base nos conhecimentos da área de química, para promover a consciência preventiva, especificamente no que se refere à nocividade de produtos perigosos em ambientes de trabalho, levando-se em consideração as instalações operacionais e os possíveis riscos ocupacionais. O tratamento de resíduos químicos é viável. Contudo, para que esse gerenciamento tenha êxito é necessário desenvolver uma consciência ética em relação ao uso e ao descarte de produtos, visando à prevenção da poluição e à redução, reaproveitamento e recuperação de materiais. As universidades deveriam ser exemplo no tratamento dos resíduos gerados e na sua reutilização.