A Escrituras Editora, Prêmio APCA 99 (Associação Paulista de Críticos de Artes) - Melhor Produção Editorial em Literatura, está lançando Quase poética do meu próximo, de Adelaide Petters Lessa. No século vinte, homens e mulheres responsáveis tiveram de administrar enormes convulsões econômicas e sociais; doenças e pestes indebeladas apesar dos admiráveis avanços da ciência; o tremor gigantesco da psicanálise e da guerra atômica; a comunicação instantânea pela internet com os aborígenes mais remotos do planeta; os telescópios da astrofísica e as sondas da Astronáutica para além do sistema solar. Entretanto, o difícil convívio humano ainda é um problema irresolvido pela psicologia e pela ética, diz Adelaide Petters Lessa. Para ela, "a solidariedade, a compaixão, o altruísmo são valores que precisam ganhar expressão paradigmática se o projeto for o de uma sociedade menos brutal e covarde, o de uma organização ecumênica de respeito e refinamento espiritual". Acredita que o ser humano pode escolher a escada para o tombo ou a ascensão, assim como, na mesma época e lugar, o maníaco Hitler e a vidente Tereza Neumann em seu catre de luz. Ensinar e escrever, como o psicólogo humanista Carl Rogers e o psiquiatra Carl G.Jung, é um legado de mestres. Praticar idéias humanistas, como São Vicente de Paula e Gandhi, é um legado de heróis e santos. Com Quase Poética do meu Próximo, a autora acrescenta o raminho de miosótis ao generoso buquê dos ensinantes poéticos.