É frequente percebermos o romance Dom Casmurro, de Machado de Assis, como um clássico da literatura brasileira e das literaturas de língua portuguesa. Mas o que, afinal de contas, garante a dimensão de clássico a uma obra literária? Parte da resposta está no excelente estudo Traduções de Dom Casmurro em Graciliano Ramos e Fernando Sabino: sociedade, feminino, metaficção, de Ariane da Mota Cavalcanti: ao estudar os ecos da obra-prima machadiana em romances escritos por dois dos mais importantes ficcionistas brasileiros do século XX Graciliano Ramos e Fernando Sabino , Ariane nos demonstra que um clássico se mantém vivo por meio da admiração e das infatigáveis releituras das sucessivas gerações de autores e autoras. Dom Casmurro, portanto, é relido pela crítica literária e pela pesquisadora não somente em suas próprias páginas, mas também nos romances São Bernardo, de Graciliano Ramos, e Amor de Capitu, de Fernando Sabino. [...]