Com sua linguagem sempre envolvente e sensível, Marina Colasanti conta-nos nesse livro a história de Gul. A autora, sem abrir mão dos sentidos enigmáticos, das construções simbólicas, narra, minuciosamente, as mudanças diárias, as novas perspectivas e a perplexidade desse jovem diante de sua transformação física e psicológica. Na casa de Gul quem decidia quanto ele tinha crescido era a mãe. Uma vez por mês mandava que encostasse na parede, sempre no mesmo lugar. (...) Para medir, usava uma fita métrica (...) O que ela não sabia é que a verdadeira medida do crescimento de Gul não era dada pela sua fita amarela. Era dada pelas conquistas de Gul. A história de Gul é a história da criança, do jovem, do adulto, do velho. É a história de todos nós. Estamos sempre nos deparando, na viagem da vida, com diferentes desafios. Na verdade, não paramos de crescer.