Como se um livro de poemas pudesse ser lido como um romance (talvez autobiográfico?), ou como um passeio pelo lado selvagem da vida, Maria Cristina Martins nos enreda nesses "ovos de ferro" como se estivesse confessando algum segredo profundo, nos provoca com a revelação de algo que está muito além das normas cotidianas de conduta, e nos cativa com a certeza de que no fundo resta a esperança da arte, da literatura. E nessa descoberta tudo vale a pena.