Depois de descobrir que o autismo – o meio do caminho na estrada que liga o homem ao animal – a aproximava ainda mais dos bichos, Temple Grandin decidiu que deveria dedicar sua vida a eles. Na língua dos bichos, por exemplo, é um dos frutos desta dedicação. Assim como os autistas os animais não vêem a idéia que têm das coisas. Têm uma percepção visual e não verbal do mundo que os cerca. Ou seja, enxergam uma gama enorme de imagens que as pessoas normais não conseguem ou se recusam a ver. É exatamente a partir desta peculiaridade que começa o livro.