Esta pesquisa procura estabelecer uma crítica ao debate sobre a centralidade do trabalho difundido nas décadas de oitenta e noventa nas ciências sociais. Com este objetivo, resgatamos os pressupostos que fundamentaram as teses originárias da sociologia do trabalho no começo do século XX, relacionando-as aos seus desdobramentos teóricos, sobretudo quanto às indicações sobre a homogeneidade política dos trabalhadores da indústria e sobre o caráter revolucionário do operariado polítécnico nos anos sessenta e setenta. A partir dessa caracterização, relacionamos tais formulações às que fundamentam a discussão sobre a superação social e analítica dos macro-sujeitos, desenvolvendo uma análise das teses hoje dominante na sociologia do trabalho.