Retratos escritos à mão, emoldurados e guardados, até então, nos mais profundos porões. Escolho aqui, despir minhas paredes das certezas e pendurar esses recortes do cotidiano - por vezes poéticos, por outras nem tanto - enquanto ainda há tempo. Deixo sobre o teu olhar, minha bagagem, um olhar sensível sobre as mulheres que me rodeiam. Suas e minhas dores, medos, anseios e os mais bonitos desejos - os mais obscuros também. Que essa visita a tua própria casa, seja de reencontro com teu eu, mulher. Um sussurro a contracapa do desejo de te ver aqui sendo mais tua. Um berro de duas vozes, minha e sua, que escrevem e marcam o mundo com a nossa existência.